A Secretaria da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial e o Conselho Municipal Afro (CMA) de São José do Rio Preto promoveram na noite desta segunda-feira, 25/3, a cerimônia de inclusão dos nomes na Galeria Aristides dos Santos. As homenageadas são a pedagoga Juliana dos Santos Costa e a empreendedora social Ana Paula dos Santos.
A escolha da honraria é baseada na trajetória de enfrentamento ao racismo e enaltecimento à negritude em Rio Preto. A cerimônia aconteceu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil e contou com a parceria da Associação de Reintegração Assistencial (ARA).
“Foi uma noite linda e me senti honrada por fazer parte da Galeria Aristides dos Santos, um homem que fez história e deixou um grande legado para o povo preto. Que a nossa voz tenha força para que a história dele e de outros negros que lutam para uma sociedade mais justa nunca perca a força de lutar pelos nossos”, afirma Ana Paula, ligada aos projetos Juntos Contra a Fome, que auxilia famílias carentes e pessoas em situação de rua em Rio Preto, e Afroart, oficina de artesanato cultural afro-brasileiro.
A pedagoga Juliana não pôde comparecer, por causa de compromissos profissionais, e foi representada pela filha Maia Santos, 11 anos. “Estou muito agradecida. Minha família chegou em casa contando como foi a premiação e como eles foram bem-recebidos, com muito carinho, e isso me fez muito feliz e honrada”, diz. Juliana é servidora da Justiça e ontem precisou atuar em um júri. O marido e a enteada de Juliana também participaram da cerimônia.
Para ela, receber a honraria foi um momento de rememorar toda a sua trajetória na cidade, desde a extinta favela da Vila Itália, passando pela atuação dentro dos movimentos e órgãos ligados à causa negra, chegando aos dias atuais. “Gosto de ser vista sempre no coletivo, mas, de alguma forma, acho também que é importante para o coletivo a lembrança individual dos membros.”
A Galeria Aristides dos Santos foi instituída em 2014 e prevê que, anualmente, duas personalidades sejam escolhidas para ter seus nomes imortalizados na história da cidade, como exemplo de luta antirracista, em prol da igualdade racial. O acervo de quadros está atualmente na Secretaria da Mulher, PcD e Igualdade Racial, mas será transferido para a Casa Afro, a ser inaugurada na cidade.
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