Pelo segundo ano consecutivo, Rio Preto obtém nota máxima em todas as dimensões analisadas do Ranking de Saneamento Básico, divulgado nesta quarta-feira, 20/3, pelo Instituto Trata Brasil. Rio Preto, Maringá e Campinas são as únicas cidades a ter ao menos 99% da população com acesso à água e 90% com coleta e tratamento de esgoto, segundo Instituto Trata Brasil.
Rio Preto ficou na segunda colocação, empatado com a cidade de Maringá (PR), primeira colocada nesta edição. Campinas (SP) ficou na terceira colocação. O levantamento que contempla as 100 maiores cidades, onde habitam 40% da população, foi feito com base nos dados do Ministério das Cidades, pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – ano base 2022.
Pela primeira vez na história do Ranking, três municípios alcançaram a pontuação máxima, ganhando nota 10. Como critério de desempate, considerou-se o município com os maiores níveis de cobertura nos três indicadores da dimensão “Nível de Atendimento”.
“Rio Preto, mais uma vez, obteve nota máxima em todos os quesitos analisados pelo Instituto Trata Brasil. No critério de desempate com Maringá e Campinas, que também obtiveram notas máximas, pela primeira vez, ficamos em segundo lugar. Essa colocação demonstra, que mesmo tendo ficado em 1º lugar no ano passado, não nos acomodamos. Continuamos investido na melhoria da infraestrutura de saneamento e na prestação de serviços. Estamos perfurando novos poço e avançando no projeto para trazer água do rio Grande. Universalizamos a coleta e tratamento de esgoto. Essa classificação é o resultado do esforço de todos servidores e funcionários e reflete o comprometimento da equipe. Estamos orgulhosos da nossa classificação e empenhados em oferecer um dos melhores serviços de saneamento do país para os rio-pretenses”, declarou Nicanor Batista Jr., superintendente do Semae.
Ele destaca ainda que Rio Preto tem a menor tarifa, das três cidades que obtiveram a universalização do saneamento. “Tanto a nossa tarifa residencial como social estão bem abaixo das tarifas de Maringá e Campinas”, disse Nicanor. Atualmente, a tarifa residencial de água e esgoto para 15 m3, custa R$ 78,50, em Rio Preto. Em Maringá, R$ 177,80 e em Campinas, 207,06.
Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, enfatizou que nesta edição o Ranking destaca que além da necessidade de os municípios alcançarem o acesso pleno do acesso à água potável e atendimento de coleta de esgoto, o tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado. “Temos menos de 10 anos para cumprir o compromisso de universalização do saneamento que o país assumiu para com os seus cidadãos. Ainda assim, cinco capitais da região Norte e três da região Nordeste não tratam sequer 35% do esgoto gerado. Neste ano, de eleições municipais, é preciso trazer o saneamento para o centro das discussões”.
Rio Preto já atingiu metas estabelecidas no Novo Marco Legal do Saneamento, como a universalização da coleta e tratamento do esgoto e o regular abastecimento de água potável. Além disso, a autarquia faz constantes investimento para dar continuidade a excelência dos serviços prestados. No momento, estão em perfuração dois poços no Aquífero Guarani e seis poços no Aquífero Bauru para reforçar o sistema de abastecimento de água do município.
O esgoto foi universalizado no ano passado com a inauguração da elevatória de esgoto, localizada no distrito de Talhado, sendo a última etapa para que 100% do esgoto produzido no perímetro urbano de Rio Preto seja conduzido e tratado na Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Rio Preto. “Como a avaliação do Trata Brasil se refere ao ano de 2022, essa importante obra, entregue no ano passado e que proporcionou 100% do tratamento de esgoto em Rio Preto, não entrou na avaliação do Trata Brasil”, explicou Nicanor Batista.
PerdasUm dos itens que colaboraram para a classificação é o combate às perdas. Segundo estudos do Instituto Trata Brasil, Rio Preto insere-se no grupo de municípios com padrões de excelência em perdas de água. As perdas da água produzida pelo Semae são da ordem de 20,54%.
Dos 100 municípios considerados, apenas 14 possuem níveis de perdas na distribuição menores que 25%. Os dados mostram ainda que 1/5 da amostra, ou seja, 20 municípios tem perdas na distribuição superiores a 50%.
O Semae tem um Programa Permanente de Redução de Perdas. A autarquia tem atuado na substituição de tubulações e de ramais, que hoje são em torno de 195.357 ligações, em 2.250 quilômetros de rede. Também foram intensificadas as ações educativas sobre o uso racional da água.
BrasilA falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas e cerca de 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, refletindo em problemas na saúde para a população que diariamente sofre, hospitalizada por doenças de veiculação hídrica.
Os dados do SNIS apontam que o país ainda tem grandes dificuldades com a coleta e com o tratamento de esgoto. Comparando os dados do SNIS, anos-base 2021 e 2022, a coleta de esgoto subiu de 55,8% para 56% - aumento de 0,2% e o tratamento foi de 51,2% para 52,2%, aumento de 1%. De acordo com os dados mais recentes, mais de 5,2 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.
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